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  • Foto do escritorGustavo Loiola

How to co-create a better world

Atualizado: 29 de jul. de 2020

* Versão em português abaixo.


Reading the news nowadays is quite a mental challenge. Day after day we are seeing a series of negative impacts, generated by the coronavirus pandemic. In addition to the public health situation, companies are closing, unemployment is rising, we are facing problems in the production cycles and also in supply chains… To make it worse, extreme protectionist measures by countries, go against the concept of globalization and contribute to increasing society's lack of confidence in everything. This are the symptoms of a global recession.


The society we have today is the result of a series of actions carried out by multiple generations, which did not consider the finitude of the planet, neither the need to build solutions that were inclusive and democratic. As I mentioned in a previous article, the concept of homo economicus, reflects our economic model based on greed and selfishness, with profit maximization above all. Besides this vision having built several business and government strategies, it has also stimulated the way we relate to production processes and consumption.

It turns out that the “bill is on the table". The coronavirus is showing us a series of social problems that we have faced for a long time, in addition to highlighting the need for an urgent economic transition to a low carbon economy that values ​​the whole of society as part of the strategy. It also showed that this is a truly global and democratic crisis, in the sense that it has reached the world as a whole - rich and poor, developed and underdeveloped countries - I would say that "we are all in the same storm, but not in the same boat".


A global problem requires a global, integrated, systemic solution. Changes must happen at all levels, around a common goal. In this sense, an agenda such as the Sustainable Development Goals is a good guide for initiatives and partnerships that can contribute to the construction of a new planet.


I recently watched a 2017 TED by Professor Alec Ross that talks about the need we have to rebuild our social contract. This means that the contract that we “signed” as a society, in the industrial age, no longer works. The combination created by capitalism, democracy and industrialization in its current form cannot be continued. Society as a whole needs to be included in this “new contract” and assume its role as an agent of engagement and transformation. The attitudes that are being taken now are those that shaped the future of this and the next generations.


The good thing about all of this is that the changes are already happening. I don’t want to "romanticizes" a pandemic that kills thousands of people every day, but we are experiencing an acceleration in terms of sustainability and innovation in these 6 months that it would take approximately 5 years to see it happen effectively in the planet. In one side, there is a great movement on the field of investors, pointing to the already tendency of ESG funds and changes in the stock portfolio. At the other end, the consumer market demonstrates an interest in buying products and services from more sustainable companies that effectively contribute to the transformation of society - in addition to being increasingly connected to the real purposes of organizations.


The big gap is in governments and companies, which have a great potential to generate faster or longer changes. PwC Global Chairman Robert Moritz wrote an article highlighting the need for companies to migrate to the stakeholder capitalism model, building businesses that are profitable and sustainable, providing a positive impact on employees, customers, suppliers, local communities and society at large. Moritz also presents a framework of actions that must be taken now for a more resilient reconstruction of the corporate environment as a whole:



In the REPARATION stage, we must focus on rebuilding society, as we are experiencing a health crisis with major economic impacts due to a forced lockdown in many regions. In a second moment, it is time to RETHINK, and understand that we cannot turn things back the way they were before ... businesses need to answer the great sustainable challenges that exist. Then we must RECONFIGURE the ways of measuring impact and prosperity, and start to build changes that are structural and systemic. As we already know, due to this crisis, several businesses and companies have closed their activities, so it is a moment of RESTART for many people - this is also an invitation to start again in the right way, bringing impact and resilience as part of organization’s DNA. Finally, REPORT reinforces the need to bring more transparency to all stakeholders, clear and practical information - good practices in sustainability reporting or ESG are excellent ways of doing this.


The road is long, but as a society we have certainly started the journey. Day by day, in the same newspapers that we see these big tragedies, we also see great examples of companies, governments and individuals that are changing their social role. Collaboration and empathy are the right words for this moment and we must also value every opportunity for co-creation and cooperation for a better world.



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Como co-criar um mundo melhor

Ler as notícias hoje em dia é um desafio mental e tanto. Dia após dia estamos vendo uma série de impactos negativos, gerados pela pandemia do coronavirus. Além da situação de saúde pública, empresas estão fechando, o desemprego está aumentando, enfrentamos problemas nos ciclos produtivos e também nas cadeias de fornecimento… Para piorar, medidas extremas de protecionismo dos países, vão contra o conceito de globalização e contribuem para aumentar cada vez mais a desconfiança da sociedade em relação a tudo. São os sintomas de uma recessão global.

O sociedade que temos hoje, é resultado de uma série de ações realizadas por múltiplas gerações, que não consideravam a finitude do planeta, nem a necessidade de se construirem soluções que fossem inclusivas e democráticas. Como já falei em um artigo anterior, o conceito de homo economicus, reflete o nosso modelo econômico baseado em ganância e egoísmo, com a maximização do lucro acima de tudo. Além dessa visão ter construído diversas estratégias empresariais e governamentais, também estimulou a forma como nos relacionamos com os processos produtivos e o consumo.

Acontece que a “conta chegou. O coronavirus escancarou uma série de problemas sociais que enfrentamos a muito tempo, além de evidenciar a necessidade de uma transição econômica urgente para uma economia de baixo carbono que valorize toda a sociedade como parte da estratégia. Mostrou também que essa é uma crise realmente global e democrática, no sentido de ter atingido o mundo como um todo - países ricos e pobres, desenvolvidos e subdesenvolvidos - eu diria que estamos todos na mesma tempestade, mas não no mesmo barco.

Um problema global, exige uma solução global, integrada, sistêmica. As mudanças devem acontecer de todos os níveis, em torno de um objetivo comum. Nesse sentido, uma agenda como os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável se mostram como um bom norte para iniciativas e parcerias que podem contribuir para a construção de um novo planeta.

Recentemente assisti um TED de 2017 do Professor Alec Ross que fala da necessidade que temos de reconstruir o nosso contrato social. Isso significa que o contrato que “assinamos”como sociedade, na era industrial já não funciona mais. A combinação criada pelo capitalismo, a democracia e a industrialização na forma que está não dá para continuar. A sociedade como um todo precisa ser inserida nesse “novo contrato” e assumir o seu papel como agente de engajamento e transformação. As atitudes que estão sendo tomadas agora são as que moldaram o futuro dessa e das próximas gerações.

O lado bom de tudo isso é que as mudanças já estão acontecendo. Sem querer romantizar uma pandemia que mata milhares de pessoas todos os dias, estamos vivendo nesses 6 meses uma aceleração em questões de sustentabilidade e inovação que demoraríamos aproximadamente 5 anos para vermos acontecer efetivamente. De uma ponta temos uma grande movimentação por parte dos investidores, apontando a já tendência dos fundos ESG e mudanças no portfólio de ações. Na outra ponta, o mercado consumidor demonstra o interesse de comprar produtos e serviços de empresas mais sustentáveis e que contribuem efetivamente para a transformação da sociedade - além de estarem cada vez mais conectados com os verdadeiros propósitos das organizações.

O grande gap está nos governos e nas empresas, que tem um grande potencial de gerar transformações mais rápidas ou duradouras. O Global Chairman da PwC, Robert Moritz escreveu um texto ressaltando a necessidade das empresas em migrar para o modelo de capitalismo de stakeholders, construindo negócios que ao ponto que são lucrativos, são também sustentáveis e proporcionam um impacto positivo para funcionários, clientes, fornecedores, comunidades locais e a sociedade em geral. Moritz apresenta também um framework de ações que devem ser tomadas agoras para uma reconstrução mais resiliente do ambiente corporativo como um todo:

No estágio de Reparação, devemos nos focar para reconstruir a sociedade, visto que estamos passando por uma crise de saúdes com grandes impactos econômicos devido a um lockdown forçado em muitas regiões. Em um segundo momento é hora de Repensar, e entender que não podemos voltar as coisas na forma que eram antes…os negócios precisam responder os grandes desafios sustentáveis que existem. Na sequencia devemos RECONFIGURAR as formas de mensuração de impacto e prosperidade, ou ainda mudar construir mudanças que sejam estruturantes e sistêmicas. Como já sabemos, devido a essa crise, diversos negócios e empresas encerraram as suas atividades, por isso é um momento de RECOMEÇO para muita gente, é então também um convite para começar de novo da forma correta, trazendo o impacto e a resiliência como DNA da organização. Por fim, o REPORT reforça a necessidade de trazer mais transparência para todos os stakeholders, clareza e praticidade nas informações - as boas práticas de relatórios de sustentabilidade ou ESG são excelentes formas de se fazer isso.

O caminho é longo, mas como sociedade com certeza já começamos a jornada. Dia a dia, nos mesmos jornais que vemos essas grandes tragédias, também vemos grandes exemplos de empresas, governos e indivíduos que vem mudando o seu papel social. Colaboração e empatia são as palavras corretas para esse momento e devemos também valorizar cada oportunidade de co-criação e cooperação para um mundo melhor.


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